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Léo Andrade
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Sou formado em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas, e acredito que a formação acadêmica, em determinadas áreas do conhecimento, deve ser valorizada, não obrigatória.

Para exercer determinadas profissões, acredito ser essencial a formação acadêmica específica. Imagine um profissional como um médico, um engenheiro, um dentista sem formação acadêmica.
Ao exercer seu trabalho estariam colocando em risco a vida de seus clientes/pacientes e isso é inadmissível.

Na minha opinião a palavra-chave é COMPETÊNCIA.
Na maioria das áreas do conhecimento, eu acredito que profissionais formados pelo mercado têm competência suficiente para assumir as funções a eles propostas.
E talvez por essa competência eles assumam essas funções mesmo sem ter um diploma. Com isso os bacharéis, na acirrada concorrência do mercado de trabalho, perdem as vagas para profissionais sem o diploma, mas muitas vezes com competência para assumir as funções. E isso pra eles é inadmissível, perder a vaga pra uma pessoa sem diploma.

Como relações públicas, formado e profissional legítimo, teria direito a reclamar várias funções que minha profissão possibilita ao profissional formado.
Por coincidência, somos uma categoria instituída e organizada, com conselhos regionais e federais - CONFERP federais, e obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

Mas não considero legítimo querer ganhar essa briga no grito.
Acredito que a formação acadêmica tem valor sim, mas a competência está acima de tudo.

Constituí minha carreira fundamentada na competência, e antes mesmo de receber meu diploma já era assessor de relações públicas de uma grande instituição em Brasília.

Eu, particularmente, não me incomodo com tantos profissionais sem graduação que ocupam funções designadas de RP.
Se eles tiverem competência para isso, que façam.
Mas, por favor, façam bem feito.
Existem muitos jornalistas que ocupam funções que, por lei, seriam atribuições de RPs.
Eles estão certos; se o mercado lhes deu competência para isso, que façam bom uso, mas não reclamem se o caminho inverso for percorrido.

O que não aceito são pessoas que denigrem a imagem de uma profissão sem nem ao menos saber o que a profissão realmente é.
Como o caso do picareta que cobrou dinheiro para administrar a imagem de um clube de futebol, não prestou nenhum serviço e ainda fundamentou sua proposta com um texto retirado do site do CONFERP, sem nem saber o que é de fato ser um relações públicas.

Acredito também que os jornalistas por formação tem que lutar pelos seus direitos.
Mas também acredito que impor o diploma como o único pré-requisito é errado.
Temos o exemplo do bacharel em direito, que ao concluir sua graduação tem de fazer uma prova para se tornar advogado.
E essa prova tem se tornado cada ano mais difícil, principalmente porque o nível de aprendizado levado pelo graduado está cada vez menor.
Devido ao aumento da concorrência entre instituições de ensino superior privado, a aquisição do diploma caiu em banalização, e muitos profissionais saem graduados e nem sequer sabem o que é ser de fato o profissional no qual se formou.
A legitimação da profissão é necessária, mas o modo proposto, a meu ver, ainda não é o correto.

Jornalistas, lutem pelo seus direitos sim, mas façam isso com dignidade. Mostrem que acima de qualquer coisa o que importa mesmo é a COMPETÊNCIA.
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